Castro Alves viveu na época da
escravidão e apesar das boas condições que possuia, era a favor da
abolição, condenando violentamente a forma de submissão ao qual o escravo era
tratado em suas obras. Devido ao fato, ficou conhecido por ser o “Poeta dos
Escravos”.
A seguir, leia mais sobre este grande poeta brasileiro do século XIX, que trouxe tamanha importância para a cultura brasileira, denunciando a escravidão e outros problemas sociais do país.
A seguir, leia mais sobre este grande poeta brasileiro do século XIX, que trouxe tamanha importância para a cultura brasileira, denunciando a escravidão e outros problemas sociais do país.
Biografia
Antônio Frederico de Castro Alves
foi um importante poeta brasileiro do século XIX. Nasceu na cidade de
Curralinho (Bahia) em 14 de março de 1847.
No período em que viveu (1847-1871),
ainda existia a escravidão no Brasil. O
jovem baiano, simpático e gentil, apesar de
possuir gosto sofisticado para roupas e de levar uma vida relativamente
confortável, foi capaz de compreender
as dificuldades dos negros
escravizados.
Manifestou toda sua sensibilidade
escrevendo versos de protesto contra a situação a qual os negros eram submetidos. Este
seu estilo contestador o tornou conhecido como o “Poeta dos Escravos”.
Aos 21 anos de
idade, mostrou toda sua coragem ao
recitar, durante uma comemoração cívica, o “Navio Negreiro”. A contra gosto, os fazendeiros ouviram-no clamar versos que denunciavam os maus
tratos aos quais os negros eram submetidos.
Além de poesia de caráter social,
este grande escritor também escreveu versos líricos-amorosos, de acordo com o
estilo de Vítor Hugo. Pode-se dizer que
Castro Alves foi um poeta de transição entre o Romantismo e o Parnasianismo.
Este notável
escritor morreu ainda jovem, antes mesmo de terminar o curso de Direito que iniciara, pois, vinha sofrendo de tuberculose
desde os seus 16 anos.
Apesar de ter
vivido tão pouco, este artista notável deixou livros e poemas significativos, como as seguintes poesias:
- Espumas Flutuantes (1870)
- A Cachoeira de Paulo Afonso (1876)
- Os Escravos (1883)
- Hinos do Equador, em edição de suas Obras Completas (1921)
- Navio Negreiro (1869)
- Tragédia no lar
Homenagens à Castro Alves
Numa das obras mais belas da
literatura de nosso continente, "Canto Geral", do poeta chileno Pablo Neruda, é dedicado um poema a Castro Alves. O poeta condoreiro é lembrado por
Neruda como aquele que, ao mesmo tempo em que cantou às flores, às águas, à
formosura da mulher amada, fez com que sua voz batesse "em portas até
então fechadas para que, combatendo, a liberdade entrasse". Portanto,
termina o poeta chileno, "tua voz uniu-se à eterna e alta voz dos
homens. Cantaste bem. Cantaste como se deve cantar". Como dá para
perceber, Neruda reverencia Castro Alves por ter cantado àqueles que não tinham
voz: os escravos. O poema chama-se "Castro Alves do Brasil".
O Navio Negreiro
O Navio Negreiro é um poema de Castro Alves e um dos
mais conhecidos da literatura brasileira. O poema
descreve com imagens e expressões terríveis a situação dos africanos arrancados
de suas terras, separados de suas famílias e tratados como animais nos navios negreiros que os
traziam para ser propriedade de senhores e trabalhar sob as ordens dos feitores.
Foi escrito em São Paulo, no ano de 1869, quando o
poeta tinha vinte e dois anos de idade, e quase vinte anos depois da promulgação
da Lei Eusébio de Queirós, que
proibiu o tráfico de escravos, em 4 de setembro de 1850.
Poema “Navio Negreiro”:
Fontes:
otimoo!
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