Como foi dito na apresentação, esse Blog também tem a finalidade de difundir a cultura afro-brasileira através de informações atuais sobre o que está ocorrendo no mundo com relação aos africanos e afro-brasileiros. Já que o nosso tema está ligado à resistência negra, um ótimo exemplo da perseverança dos negros e das lutas em prol da liberdade, dignidade e dos seus direitos civis, são os grupos afro. Segue um texto sobre os principais blocos afro da Bahia e sua importância na formação da identidade cultural brasileira. Confiram:
Se por um lado as elites baianas desfrutavam o carnaval em clubes reservados, como o Fantoches da Euterpe e o Clube Carnavalesco Cruz Vermelha, as classes populares sempre encontravam formas de participação na festa. Os blocos afro são responsáveis pelo resgate da cultura africana e exibem, através da dança, música e indumentária, as contribuições desse povo para a formação da identidade brasileira. Os grupos afro trazem consigo um forte viés político: a luta contra o preconceito e o racismo em todas as suas formas, além da afirmação da identidade negra.
Alguns blocos afro-brasileiros
Primeiro grupo afro:
NOME - Ilê Aiyê
ANO DE FUNDAÇAO - 1/11/1974
ENDEREÇO - Rua Curuzu, nº 228, Liberdade
CONTATOS - (71) 2103-3400 / (71) 9984-4969 / (71) 9988-0702 / www.ileaiye.org.br / ileaiye@ileaiye.org.br / sandrotelles@hotmail.com
LOCAL DE ENSAIOS - Senzala do Barro Preto, Curuzu (Liberdade)
AÇÕES SOCIAIS - O bloco mantém um projeto de inserção pedagógica que contempla a escola de educação formal Mãe Hilda e a de educação infantil Banda Erê. Também oferece cursos profissionalizantes de assistente de cozinha, estética afro, informática, confecção de instrumentos e telemarkenting.
CURIOSIDADES - Ilê Aiyê significa "Casa dos Negros".
HISTÓRICO - Primeiro bloco afro fundado na Bahia, o Ilê Aiyê nasceu no Curuzu, Liberdade, e já foi premiado diversas vezes como o melhor bloco afro do carnaval baiano. A discografia do Ilê Aiyê, batizada com o nome de "Canto Negro”, é composta por quatro discos. No CD "IV Canto Negro", lançado em 1998 e produzido por Arto Lindsay, foram gravadas músicas que fizeram sucesso ao longo dos primeiros 25 anos do bloco. Pela Band'Aiyê já passaram grandes mestres da percussão baiana, como Mestre Bafo, Mestre Carneiro, Mestre Eron, Mestre Muçulmano, Mestre Valter, Neguinho do Samba, Mestre Senac, Mestre Prego, Ninha, Robertinho Alazarrô, Carlinhos Brown e Ademir. O Ilê Aiyê já se apresentou em inúmeros países, a exemplo de Angola, Benin, Estados Unidos, França, Itália, Alemanha, Dinamarca, Equador, Colômbia e Argentina.
CATEGORIA - Afro
PRESIDENTE - Antonio Carlos dos Santos (Vovô)
RAZÃO SOCIAL - Associação Cultural Bloco Carnavalesco Ilê Aiyê
Segundo grupo afro:
NOME - Olodum
ANO DE FUNDAÇAO - 25/04/1979
ENDEREÇO - Rua das Laranjeiras, nº 30, térreo, Pelourinho
CONTATOS - (71) 3321-5010 / (71) 3321-4154 / jjr.olodum@uol.com.br / bloco.olodum@uol.com.br / nm.olodum@uol.com.br / http://olodum.uol.com.br
LOJA - Sede
LOCAL DE ENSAIOS - Praça Pedro Arcanjo (Pelourinho)
AÇÕES SOCIAIS - O Olodum teve a iniciativa de criar uma escola, uma banda de shows e um grupo de teatro, como alternativas para estimular a presença afro-brasileira em áreas que, até então, ofereciam pouca visibilidade à população negra.
CURIOSIDADES - A música do Olodum é fruto de uma fusão de ritmos de origem africana, como o ijexá, o samba, o alujá e o reggae.
HISTÓRICO - O Bloco Afro Olodum foi fundado em 1979, como opção de lazer para os moradores do bairro do Maciel, hoje conhecido como Pelourinho. É uma organização não-governamental reconhecida como de utilidade pública e desenvolve atividades que visam valorizar e fortalecer a cultura de matriz africana e aprimorar o processo de formação cultural dos afro-baianos, através de ações educativas e culturais. Depois da estréia no Carnaval de 1980, o grupo conquistou 2.000 associados e passou a abordar temas históricos relativos à cultura afro-brasileira. O primeiro LP, "Egito, Madagascar" (1987), estourou na Bahia com a música "Faraó". O Olodum tornou-se conhecido internacionalmente como grupo de percussão afro-brasileira e excursionou pela Europa, Japão e América do Sul. Um dos momentos de maior exposição foi em 1990, quando o grupo participou do disco "The Rhythm of the Saints", do cantor Paul Simon. O Olodum já gravou também com outros músicos consagrados, como Wayne Shorter, Michael Jackson, Jimmy Cliff, Herbie Hancock e Caetano Veloso.
CATEGORIA - Afro
PRESIDENTE - João Jorge Santos Rodrigues
RAZÃO SOCIAL - Associação Carnavalesca Bloco Afro Olodum
Imagens encontradas via busca do Google.
Imagens encontradas via busca do Google.
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